Em 21 de agosto de 1981, Flamengo e Atlético-MG se enfrentaram em um jogo que até hoje é lembrado com revolta pelos torcedores do Galo e com alegria pelos flamenguistas. O que deveria ser uma simples disputa de vaga para as semifinais da Libertadores virou um verdadeiro caos, com expulsões, brigas e polêmicas que marcaram a história do futebol.
O Jogo Desempate: “Parecia Ruim, mas Agora Piorou!”
O Flamengo e o Atlético-MG terminaram a fase de grupos com a mesma pontuação e precisavam de um jogo extra para definir quem ficaria com a vaga nas semifinais. Ambos estavam empatados em tudo, até no número de pontos, com 8, e com campanhas muito parecidas. Por isso, a Conmebol decidiu que o jogo seria em Goiânia, no Serra Dourada, em vez de no Maracanã ou Mineirão, o que já gerou desconforto nos dois times.
O árbitro escolhido foi José Roberto Wright, e ninguém imaginava que aquele jogo começaria com tamanha tensão.
Clima Foi Parar nas Alturas
Logo no começo, as coisas começaram a dar errado. Reinaldo, o maior ídolo do Atlético, foi expulso após uma falta em Zico, o maior ídolo do Flamengo. A revolta foi imediata. Os jogadores do Galo cercaram o árbitro e a confusão começou. Não demorou para Éder, outro craque do time mineiro, também ser expulso. O que parecia um simples confronto estava virando uma bagunça.
Mas o pior ainda não tinha acontecido …
O Caos Se Instalou
Com o Atlético-MG já com dois a menos, o jogo se tornou um pesadelo para o time mineiro. Para piorar, Chicão foi expulso, e a equipe ficou com apenas sete jogadores em campo. Para o Flamengo, isso significava uma vitória praticamente garantida, mas o caos não acabou. A torcida atleticana protestava, e os dirigentes invadiram o campo para reclamar com Wright.
Foi um show de confusões. O jogo foi paralisado por um tempo, e só 20 minutos depois ele foi retomado. Mas não durou muito: o goleiro João Leite caiu no gramado, alegando lesão, e o jogo ficou parado de novo. No final, o árbitro deu cartão vermelho a mais um jogador do Galo, e a partida foi encerrada. Flamengo venceu, e o Atlético-MG ficou com a sensação de que a arbitragem havia influenciado no resultado.
E Continuam as Confusões
Para os flamenguistas, o jogo ficou marcado como uma grande conquista, com a equipe avançando para sua primeira Libertadores. Já para os atleticanos, o sentimento é de que o árbitro, sendo carioca, favoreceu o time do Rio de Janeiro. Até hoje, os torcedores do Galo discutem o que realmente aconteceu naquele jogo e como as expulsões acabaram com a chance de classificação.
O famoso “Jogo Extra” de 1981 segue sendo lembrado por sua polêmica, com os dois times, até hoje, olhando para aquela partida com sentimentos bem diferentes. Mas uma coisa é certa: foi um momento que ficará para sempre na história do futebol brasileiro.